segunda-feira, 29 de outubro de 2018

Festival Tombamento São Miguel



Festival Tombamento – São Miguel
Dia 3/11/2018
Das 10:00 às 16:00
Local: Capela de São Miguel Paulista
Praça Padre Aleixo Monteiro Mafra (Praça do Forró), São Miguel, São Paulo - SP

Com o patrocínio do edital de Fomento à Cultura das Periferias, o Grupo Ururay realiza o projeto Heranças Periféricas, proposta que contempla ações a serem realizadas na zona leste da cidade enfocando o debate sobre o patrimônio cultural na região.

Acreditamos que a participação social a partir de atividades como oficinas, percursos temáticos, cursos, festivais, mobilização de grupos locais, entre outros, é a chave para construção de identidade entre as pessoas e o ambiente construído, relacionando o patrimônio imaterial e as narrativas presentes nos territórios. Assim, para desenvolver essa pauta apresentamos o Festival Tombamento, que terá sua segunda edição em São Miguel, na Capela de São Miguel Arcanjo, templo religioso mais antigo do estado de São Paulo em que a construção data de 1580 e a reconstrução 1622. A Capela se localizada na Praça Padre Aleixo Monteiro Mafra (Praça do Forró), no distrito de São Miguel Paulista na cidade de São Paulo.

O Festival Tombamento – São Miguel ocorrerá no dia 03 de novembro (sábado) em referência aos 80 anos de tombamento da Capela pelo SPHAN/IPHAN focando na reflexão sobre as diversas narrativas no entorno da Capela, e celebrando sua importância para a construção da história da cidade de São Paulo.


Programação
Todas as atividades têm entrada gratuita


Intervenção artística na cerca “Capela dos Índios”: Proposta de produzir grandes bordados com tiras coloridas na cerca que circunda a Capela, na parte voltada a saída da estação de trem São Miguel com motivos de referência da cestaria indígena.
Período: de 3 a 16 de novembro
Artista: Patrícia Freire


Percurso pelas histórias de São Miguel: no roteiro buscaremos entender, através do contato reflexivo com diversos espaços da Praça Padre Aleixo Monteiro Mafra “Praça do Forró” e em visita a Capela de São Miguel, a sua trajetória desde o período colonial até os dias atuais.
Mediador: Yasmin Derviche
Das 10:00 às 12:00
Inscrição pelo email: ururay.patrimonioleste@gmail.com
Vagas limitadas


“A Capela de São Miguel Paulista como expressão da arte brasileira”A palestra destina-se ao público em geral interessado no acervo patrimonial localizado na Capela de São Miguel Arcanjo, destacando elementos presentes reconhecidos pelos historiadores como de grande relevância para a história da arte brasileira, refletindo sobre a importância deste edifício não somente como patrimônio resultante da contribuição dos povos indígenas, mas como lugar de memória da gente brasileira.
Pesquisador: Fabricio Forganes Santos
Das 10:00 às 12:00
Não é necessária inscrição


Apresentação da Banda Musical do Instituto de Arte de São Miguel
Maestro Wagner Silva
Às 12:00


Cozinhando Música: projeto que conta com apresentação musical, DJ e venda de pratos a preços populares.
Nação Trio: Leo Carvalho, Leandro Neri e Ronaldo Gama;
Convidados: Sil Martins, Ligia Regina, Luiz Casé, Trio Amizade e Diva dos 8 baixos.
Gastronomia: Acarajé e tapioca da Dona Margarida
Mediação: Renato Gama
Das 13:00 às 16:00


Sobre o Grupo Ururay

O Grupo Ururay é um núcleo de pesquisa e de ação cultural formado por indivíduos interessados na preservação e divulgação do Patrimônio Cultural da região Leste de São Paulo.

Ficha Técnica: Julio Cesar J. Marcelino, Lucas Florêncio, Mauricio Dias Duarte, Patrícia Freire, Monica Mantovani e Yasmin Derviche


Mais informações
www.ururaypatrimoniocultural.blogspot.com.br
ururay.patrimonioleste@gmail.com
(11) 2306-3369
#FomentoCulturaDaPeriferiaEd2

quinta-feira, 6 de setembro de 2018

Projeto Cozinhando Música



Em setembro o Projeto Cozinhando Música, que vem ocorrendo no Centro Cultural da Penha, neste mês serão dois. Um no dia 22 (sábado), na Casa de Cultural Raul Seixas e o outro será no dia 25 (terça-feira) no Centro Cultural da Penha. Aguardem mais informações que estaremos divulgando por aqui e na página do Cozinhando Música.


Em outubro de 2016 uma das cantoras que presenteou o público que foi participar do Cozinhando, foi Mariana Per acompanhada pelo Nação Trio ( Léo Carvalho, bateria, Ronaldo Gama, contra-baixo e Leandro Neri, teclado) com a participação de Marcio Guedes na guitarra. 

terça-feira, 4 de setembro de 2018

Grupo Ururay Patrimônio Leste


Grupo Ururay - Patrimônio Cultural no dia 01/set., representado pela historiadora Patricia Freire de Almeida, teve o prazer de participar de uma atividade junto aos moradores de Itaim e São Miguel Paulista. A ação que ocorreu no Núcleo Itaim Biacica contou ainda com a participação do historiador Marcos Santos e da arquiteta Andrea Tourinho.
Nessa discussão foram compartilhadas informações sobre a história da região e da casa sede da Fazenda Biacica; o olhar dos moradores e as formas com que o parque e seu patrimônio cultural podem ser ativados enquanto questões de afirmação de uma comunidade também foram temas presentes.



Festa do Rosário da Penha de França.


Este vídeo mostra o trabalho que vem sendo realizado no bairro da Penha em São Paulo entorno de um patrimônio histórico, a Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos da Penha de França.  O Movimento Cultural Penha é a entidade que juntamente com a Comunidade do Rosário vem organizando estes Festejos.


Memorial Penha de França


Tivemos a honra de receber nesta manhã a Márcia Trezza, representante do Museu da Pessoa, aqui na sede do Memorial Penha de França, para conversarmos sobre a história do Movimento Cultural Penha e seu grupo de fortalecimento cultural na região. Essa linha do tempo fará parte de uma exposição ainda neste ano no museu. O Museu da Pessoa é um museu virtual e colaborativo com mais de 17 mil histórias de vida em texto, vídeo e fotos, atualizados diariamente.
Para quem ainda não conhece, vale dar uma conferida no sitewww.museudapessoa.net



terça-feira, 17 de abril de 2018

Projeto Heranças Periféricas

Para dinamizar o espaço do Memorial Penha de França para a realização de oficinas, cursos, fóruns, pequenas apresentações musicais, de teatro, reuniões de diversas naturezas, pesquisas, entre outras atividades correlatas, o Grupo Ururay vem através do projeto Heranças Periféricas realizando aos sábados a oficina de projeto arquitetônico.#FomentoCulturadaPeriferiaEd2




quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

Nascimento do Cordão da Dona Micaela


Hoje (04/02/2018), através do nosso cordão carnavalesco, fazemos memória de Dona Micaela Vieira, mulher negra, parteira, benzedeira, nome de praça, que trouxe a vida gerações de bebês na virada do século XIX para o XX na região da Penha de França.
                                                                          

Homenagear Micaela é honrar as mulheres que parejam, curam e apoiam;
                                                                                 

Lembrar hoje de Micaela é dizer que parir é um processo natural, fisiológico e que o parto pertence as mulheres, nascer não pode ser transformado em um negócio como vem ocorrendo no Brasil, país com o maior índice de cesáreas do mundo; A cada 10 partos realizados em maternidades particulares no Brasil, 8,5 são cesáreas, quando a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que a taxa não ultrapasse os 15%!
Recordar Dona Micaela é valorizar o poder curador da natureza, de suas ervas, é reconectar-se com as nossas forças ancestrais.
Cantar Micaela é falar para as mulheres que elas podem confiar nos seus ciclos, no seu corpo, na sua intuição e nas outras mulheres.
Podemos imaginar Dona Micaela durante um parto : Ela olha nos olhos daquela mulher cheia de dores e diz como naquela canção sobre nascimento : - Sinta o momento está chegando; o Divino está contigo, você está em boas mãos, estou te ajudando, você faz parte da terra…. Dito isso a criança nasceu.
Muitas décadas depois, nasceu também o desejo da Comunidade do Rosário dos Homens e Mulheres pretos e pretas da Penha de França de homenagear, lembrar, recordar, cantar e celebrar essa grande mulher, símbolo de cura, vida e nascimento, valorizando sua história e preservando a sua memória.
                                                                               

Salve Dona Micaela, negra, parteira e benzedeira! 

Texto de Claudia Adão
Fotos: Douglas Campos


Cordão da Dona Micaela


Dona Micaela Vieira



"Tia Micaela Vieira: uma criatura que não tinha o direito de gozar férias.
Foi, seguramente, na Penha do passado, uma das figuras mais populares do bairro, a pessoa que atendia pelo nome de Tia Micaela Vieira. Era esta uma das parteiras penhenses mais dedicadas e completas de então, a única então existente, que prestativa, decidida e solerte, atendia a todos os casos de sua especialidade.
Quantas não foram as crianças penhenses que as mãos exímias de Tia Micaela puseram no mundo? E Tia Micaela, não olhando, muitas vezes, distâncias a percorrer, fazia-o exaustivamente, quase sempre sem interesses lucrativos, sem ônibus, sem taxis, sem mais nada, pois naquela época não se ouvia falar dessas coisas, eis que tudo era feito a pé, a cavalo, ou então, através da condução, aliás luxuosa daquele tempo: o carro de bois, que, embora vagaroso, chegava, sem dúvida, ao seu destino.
Tia Micaela Vieira, residia, então, junto ao grupo escolar, á Praça 8 de setembro, em casa feita de taipas, muito humilde, onde hoje se ergue o edifício “Santa Amália “.
Para recordar tão dedicada criatura, tão laboriosa pessoa da Penha de outrora, que embora de cor, tinha, como se diz, a alma branca, aí está, como perpétua homenagem aquela parteira, a Praça Dna Micaela Vieira, que se situa um bocado antes do início da Avenida Amador Bueno da Veiga."

Texto tirado do livro Penha de Ontem e Penha de Hoje. Autor Hedemir Linguitte. Pg. 196 do Vol. II de 1972.

Neste mesmo livro do Hedemir Linguite, encontramos uma outra passagem onde ele cita a Dona Micaela Vieira, em entrevista ao maestro Luiz Alfredo Gozzoli (“Gigi”), em 9/11/1968.
Este entrevistado nasceu sobre o acompanhamento da parteira Dona Micaela em 27/08/1909, ele e seus dois irmãos.
Sendo assim, podemos intuir que a Dona Micaela nasceu no século XIX, a data exata para nos ainda e desconhecida.
Outro dado importante e o de que ela teve um filho conhecido como João da Micaela, tocava violão e fez parte do conjunto Choro do Melado e que foi um grande seresteiro.