sexta-feira, 8 de agosto de 2014

II Seminário sobre Patrimônios Históricos da Zona Leste Dia 9/08/2014, das 9h30 às 13h


II Seminário sobre Patrimônios Históricos da Zona Leste
Dia 9/08/2014, das 9h30 às 13h
Local: Teatro Martins Penna, Centro Cultural da Penha, 

Organização: Grupo de Memória da Zona Leste e Movimento Cultural Penha
End.: Largo do Rosário, nº 20, Penha de França.


Programação

9:30 - Recepção (apoio Comissão de Festa do Rosário da Penha)
10:00 às 10:20 – Introdução ao II Seminário;
10:20 às 11:20 – Iniciativas comunitárias, museus e centros de memória: Atuação do grupo de memória, Memorial Penha de França (Curador Francisco Folco) e Associação de Amigos do Patrimônio e Arquivo Histórico de Guarulhos AAPAH (Bruno Leite, Marcelle de Andrade e Tiago Guerra);
11:20 às 12:00 – Esforços para uma política coerente de proteção e desenvolvimento local (participação de Márcio Pozzer, chefe de gabinete do Vereador Nabil Bonduki);
12:00 às 12:45 - Sugestões e colaboração;
12:45 às 13:00 – Encaminhamentos finais, avisos e encerramento.

Haverá certificação aos participantes.

O I Seminário sobre Patrimônios Históricos da Zona Leste ocorrido no Centro Cultural da Penha em março de 2014 e organizado pelo Grupo de Memória da Zona Leste expôs aos presentes a existência de uma diversidade de bens materiais e imateriais históricos, alguns já tombados por instâncias governamentais e outros precisando ser, que representam testemunhos importantes para construção da história da cidade. Porém, o que ficou também demonstrado é que a maioria destes patrimônios, tombados ou não, corre risco de desaparecer, como o Sítio Mirim localizado em São Miguel ou que estão em estado de abandono e negligência como a Capela de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos da Penha de França, devido tanto pela morosidade e burocracia dos órgãos públicos como pela falta de planejamento ou orientação para a gestão e preservação junto dos proprietários dos bens e a comunidade.
O I Seminário contou com falas representativas da sociedade civil, de autoridades dos órgãos públicos encarregados da proteção dos patrimônios culturais tombados, de universidades e do poder legislativo, destacando ações de instituições sociais e de coletivos que vem realizando pesquisas, atividades culturais e de educação resignificando alguns desses patrimônios.
Assim neste II Seminário buscaremos aprofundar as discussões que foram levantadas, com objetivo de consolidar este espaço de reflexão e atuação política, de ampliar a discussão incluindo os bens patrimoniais culturais da região leste na política de desenvolvimento urbano do município.
O Programa de Metas e o novo Plano Diretor Estratégico do Município de São Paulo, são ferramentas importantes para pensar a cidade tomando novos modelos e processos. Neste caso no que se refere à região leste e o desenvolvimento do Arco do Futuro, projeto estratégico presente no Programa de Metas da Prefeitura de São Paulo (2013-2016) visa-se propostas que contribuam na “redução das desigualdades socioterritoriais do município, com a diversificação dos usos e a adoção de políticas publicas que aproximem moradia e emprego”. Apesar do texto não citar diretamente os patrimônios históricos como cita os patrimônios ambientais (Rio Tietê e Rio Pinheiros) como impulsionadores desta dinâmica, é fato que os mesmos são fundamentais na diversificação das ações. Em outras palavras, ver os territórios onde estão localizados os patrimônios culturais como locais onde é possível desenvolver um plano de desenvolvimento econômico, social e cultural vem de encontro às metas de oportunizar o aprimoramento profissional, a inclusão socioeconômica e a produção de emprego.
Acrescentamos ainda como ponto importante a produção de conhecimento e reconhecimento pela população descendente de suas heranças históricas e culturais valorizadas através de projetos que poderão se desdobrar na esfera educacional, cultural e turística.
Neste sentido é imprescindível a participação de pesquisadores, agentes culturais e da população interessada para discutir os patrimônios históricos de maneira menos isolada e como possível centro dinamizador de desenvolvimento local.

Patricia Freire
Historiadora e produtora cultural do Movimento Cultural Penha



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